Haiti nas palavras de padre Joaquim Cipriano, missionário camiliano que há muito anos mora no Haiti na missão Foyer Saint Camille, cujo trabalho é sustentado pela nossa Fraternidade da Itália.
Caro Ernesto e amigos da Fraternidade da Esperança,
depois de uma viagem de 35 horas, consegui chegar nesta ilha da dor, da morte e do desespero. Cheguei com duas malas cheias de remédios e agradeço o bom Deus e os amigos que os coletaram.
A situação do Haiti a conheceis pelos meios de comunicação, mas "ao vivo" deixa sem palavras, com um nó na garganta e as lagrimas que descem no silêncio, especialmente quando o olhar cruza os campos das vítimas do terremoto, famílias que vivem em tendas feitas de roupa de cama e papelão, à luz das velas, quando tem... Hoje de manhã, pela primeira vez depois do terremoto, choveu muito, por três horas.
A nossa missão “Foyer Saint Camille”, as poucas estruturas sanitárias que ficaram em pé, mais os hospitais armados pelas varias organizações internacionais estão lotadas, cheias de doentes que já passaram por cirurgia, que por milhares de pessoas consistiu na amputação de um braço ou de uma perna.
Como vocês sabem o 50% da população haitiana é jovem, então se vêem nestas camas de hospital muitíssimas mães e pais jovens, sem uma perna o sem um braço. Muitas crianças com osmembros amputados. Esta é a fase post-cirurgia na qual todos os doentes necessitam de continuar a terapia, ou estão aguardando de refazer a cirurgia que na hora foi feita na maneira menos pior possível, ou estão aguardando as próteses.
Um hospital europeu nos ofereceu uma equipe de médicos especialista em ortopediapara realizar as prótese aqui no local. Pensamos em montar no nosso jardim e na nossa quadra um hospital ortopédico para enfrentar esta emergência. Caros amigos do Sermig, vos pedimos de encontrar 4 tendas grandes e de enviá-las junto com os alimentos e os remédios que vocês estão arrecadando para as vitimas.
Hoje, apesar de tudo isso, a nossa missão está vivendo um momento de festa... às 15h chega o núncio apostólico – que substitui o arcebispo de Porto Príncipe que morreu com a queda da catedral – para ordenar dois diáconos camilianos haitianos. É um sinal de esperança no meio de tanto desespero.
Entrei também em contato com Irene, a voluntária do Sermig que se encontra na divisa com a Republica Dominicana e nos organizamos para a viagem dela no Haiti.
Vos deixo com um obrigado de coração pela vossa solidariedade a nós camilianos e ao povo haitiano. Um forte abraço!
padre Joaquim Cipriano
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